Deus e o Cosmos: A
Teoria do Universo Bem-Afinado
Ao longo dos últimos
anos, novas descobertas na física e na cosmologia podem enfim responder a maior
questão da humanidade. Evidências mostram que a vida na Terra só é possível se
as constantes físicas fundamentais estiverem dentro de uma faixa muito estreita,
o que significa que, se alguma destas constantes fosse ligeiramente diferente, seriam
improváveis a formação e o desenvolvimento da matéria, das estruturas
astronômicas, da diversidade elementar e mesmo da vida como ela é conhecida
hoje. Esta teoria, conhecida como “Teoria do Universo Bem-Afinado” pode ser, para muitos, a prova definitiva da existência de uma mente superior
que muitos chamam de Deus. Conheça mais sobre esta teoria e como ela pode por
fim a esta questão.
A teoria do universo bem-afinado afirma que qualquer
pequena mudança em alguma das constantes físicas fundamentais faria com que o
universo fosse radicalmente diferente. Como Stephen Hawking notou, “As leis da
ciência, como conhecemos hoje, contêm muitos números fundamentais, como o
tamanho da carga elétrica do elétron e a razão entre as massas do próton e do
elétron... O notável é que os valores destes números parecem ter sido finamente
ajustados para tornar possível o desenvolvimento da vida”. Abaixo estão
listadas cinco das constantes físicas mais finamente ajustadas:
Parâmetro
|
Desvio
máximo
|
Relação
Elétrons: Prótons
|
1:
1034
|
Relação
Força Eletromagnética: Gravidade
|
1:
1040
|
Taxa
de Expansão do Universo
|
1:
1055
|
Densidade
de Massa do Universo
|
1:
1059
|
Constante
Cosmológica
|
1:
10120
|
Estes números representam
o desvio máximo dos valores aceitos, que poderiam impedir o universo de existir
hoje, possuir matéria ou torna-lo inadequado para qualquer forma de vida.
Veja alguns exemplos do que aconteceria caso algumas
das constantes físicas fundamentes fosse ligeiramente maior ou menor:
1. Força
Nuclear Forte:
Se maior: nenhum
hidrogênio iria se formar; o núcleo atômico da maioria dos elementos essenciais
para a vida seria estável; logo, a vida não existiria;
Se menor: nenhum
elemento mais pesado do que hidrogênio se formaria; ou seja, a vida não
existiria.
2. Força
Nuclear Fraca:
Se maior: muito
hidrogênio seria convertido para hélio no Big Bang; daí, as estrelas
converteriam muita matéria para elementos pesados, tornando a vida impossível;
Se menor: muito
pouco hélio seria produzido após o Big Bang; logo, as estrelas converteriam
muito pouca matéria para elementos pesados, impossibilitando a vida.
3. Força
Gravitacional:
Se maior: as
estrelas seriam muito quentes, e queimariam muito rapidamente e de forma desnivelada
para a química da vida;
Se menor: as
estrelas seriam muito frias para a fusão nuclear; logo, a maior parte dos
elementos necessários para o desenvolvimento químico da vida não se formariam.
4. Força
Eletromagnética:
Se maior:
ligações químicas seriam desfeitas; elementos mais massivos do que o boro seriam
instáveis para a fissão;
Se menor: as
ligações químicas seriam insuficientes.
5. Taxa
de Expansão do Universo:
Se maior:
nenhuma galáxia se formaria;
Se menor: o
universo entraria em colapso, antes mesmo das estrelas se formarem.
Estas evidências podem ser a
prova de que o universo, de fato, é algo idealizado e que “pode existir uma
mente superior capaz de manipular (ou definir) as leis que o regem”, como notou
William Lane Craig, teólogo e filósofo estadunidense. Mas, Craig argumenta que “o
postulado de um designer inteligente não resolve para nós a questão religiosa”.
O filósofo cristão Alvin Plantinga
argumenta que o acaso, aplicado a um universo único e exclusivo, apenas levanta
a questão de “como este universo é tão sortudo a ponto de ter as condições
precisas para suportar vida em pelo menos um lugar e tempo”.
Diante desta teoria e
das evidências, fica claro que a vida só existe porque as leis que regem o universo
são matematicamente precisas. Diante disso, nos restam apenas dois caminhos:
acreditar que estamos aqui por simples acaso, ou aceitar que estamos aqui por algum
motivo.
Fontes: