segunda-feira, 23 de julho de 2012

Universo Bem-Afinado


Deus e o Cosmos: A Teoria do Universo Bem-Afinado


Ao longo dos últimos anos, novas descobertas na física e na cosmologia podem enfim responder a maior questão da humanidade. Evidências mostram que a vida na Terra só é possível se as constantes físicas fundamentais estiverem dentro de uma faixa muito estreita, o que significa que, se alguma destas constantes fosse ligeiramente diferente, seriam improváveis a formação e o desenvolvimento da matéria, das estruturas astronômicas, da diversidade elementar e mesmo da vida como ela é conhecida hoje. Esta teoria, conhecida como “Teoria do Universo Bem-Afinado” pode ser, para muitos, a prova definitiva da existência de uma mente superior que muitos chamam de Deus. Conheça mais sobre esta teoria e como ela pode por fim a esta questão.

                A teoria do universo bem-afinado afirma que qualquer pequena mudança em alguma das constantes físicas fundamentais faria com que o universo fosse radicalmente diferente. Como Stephen Hawking notou, “As leis da ciência, como conhecemos hoje, contêm muitos números fundamentais, como o tamanho da carga elétrica do elétron e a razão entre as massas do próton e do elétron... O notável é que os valores destes números parecem ter sido finamente ajustados para tornar possível o desenvolvimento da vida”. Abaixo estão listadas cinco das constantes físicas mais finamente ajustadas:

Parâmetro
Desvio máximo
Relação Elétrons: Prótons
1: 1034
Relação Força Eletromagnética: Gravidade
1: 1040
Taxa de Expansão do Universo
1: 1055
Densidade de Massa do Universo
1: 1059
Constante Cosmológica
1: 10120

Estes números representam o desvio máximo dos valores aceitos, que poderiam impedir o universo de existir hoje, possuir matéria ou torna-lo inadequado para qualquer forma de vida.

                Veja alguns exemplos do que aconteceria caso algumas das constantes físicas fundamentes fosse ligeiramente maior ou menor:

1.       Força Nuclear Forte:
Se maior: nenhum hidrogênio iria se formar; o núcleo atômico da maioria dos elementos essenciais para a vida seria estável; logo, a vida não existiria;
Se menor: nenhum elemento mais pesado do que hidrogênio se formaria; ou seja, a vida não existiria.

2.       Força Nuclear Fraca:
Se maior: muito hidrogênio seria convertido para hélio no Big Bang; daí, as estrelas converteriam muita matéria para elementos pesados, tornando a vida impossível;
Se menor: muito pouco hélio seria produzido após o Big Bang; logo, as estrelas converteriam muito pouca matéria para elementos pesados, impossibilitando a vida.

3.       Força Gravitacional:
Se maior: as estrelas seriam muito quentes, e queimariam muito rapidamente e de forma desnivelada para a química da vida;
Se menor: as estrelas seriam muito frias para a fusão nuclear; logo, a maior parte dos elementos necessários para o desenvolvimento químico da vida não se formariam.

4.       Força Eletromagnética:
Se maior: ligações químicas seriam desfeitas; elementos mais massivos do que o boro seriam instáveis para a fissão;
Se menor: as ligações químicas seriam insuficientes.

5.       Taxa de Expansão do Universo:
Se maior: nenhuma galáxia se formaria;
Se menor: o universo entraria em colapso, antes mesmo das estrelas se formarem.

Estas evidências podem ser a prova de que o universo, de fato, é algo idealizado e que “pode existir uma mente superior capaz de manipular (ou definir) as leis que o regem”, como notou William Lane Craig, teólogo e filósofo estadunidense. Mas, Craig argumenta que “o postulado de um designer inteligente não resolve para nós a questão religiosa”.

O filósofo cristão Alvin Plantinga argumenta que o acaso, aplicado a um universo único e exclusivo, apenas levanta a questão de “como este universo é tão sortudo a ponto de ter as condições precisas para suportar vida em pelo menos um lugar e tempo”.

Diante desta teoria e das evidências, fica claro que a vida só existe porque as leis que regem o universo são matematicamente precisas. Diante disso, nos restam apenas dois caminhos: acreditar que estamos aqui por simples acaso, ou aceitar que estamos aqui por algum motivo.

Fontes: